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O que se pode comer durante a gravidez com diabetes?

Seg, 05/07/2010 - 16:25
Ginecologia e obstetricia
xana82 offline

Olá Dr.ªa, Estou grávida de 21 semanas, foi-me diagnosticado diabetes.

Gostaria de saber que tipo de alimentação posso fazer? O que não posso comer? Ou qual a melhor dieta?

Muito obrigada!

Marcela Forjaz

Olá! Diabetes logo às 21 semanas?! A pergunta que coloca é muito pertinente, porque de uma dieta cuidada depende em grande parte o bom controlo da diabetes.
A norma principal é a dieta polifraccionada. Deverá fazer umas 10 a 12 refeições por dia, com cerca de hora e meia de intervalo. Sei que parece uma loucura mas lembre-se que a grávida sem diabetes já deverá fazer umas 7-8 refeições, com intervalo de cerca de 2 horas e meia entre elas. Assim, o segredo está em dividir as refeições, torná-las mais pequenas e evitar os alimentos açucarados. Os hidratos de carbono ( massas, arroz, batata, pão) deverão ser "racionados"; poderá ter que fazer coisas que lhe parecerão ridículas como...cortar um pão em 4 pedaços e comer apenas 1/4 num dos lanches.
Assim, poderá começar o seu dia às 8.30h da manhã com 2,5 dl de leite meio gordo sem açúcar a acompanhar 1/4 de pão com manteiga ou com queijo; às 10h já poderá comer um iogurte simples sem açúcar com mais 1/4 de pão ou, em vez deste,...meia peça de fruta. Às 11.30h pode comer uma sopa de legumes feita com pouca batata ( pode engrossar a sopa com courgette ou chuchu) e às 12.30h comerá de novo uma sopa, segundo prato e nada de sobremesa. O segundo prato poderá ser de carne ou peixe (grelhado, estufado, cozido ou assado, sem pele e sem gorduras) acompanhado de 2 batatas (do tamanho de um ovo) ou equivalente e legumes tantos quantos lhe apetecer. Às 14h comerá fruta (meia peça) e 1/4 de pão ou uma tosta; às 15.30h pode comer um iogurte simples ou meia peça de fruta acompanhando 1/4 de pão e às 17h 1,5 dl de leite e mais 1/4 de pão.Às 18h repete a "cerimónia" da hora do almoço: come a 1ª sopa, para jantar depois às 19h de novo a sopa e segundo prato, tal como ao almoço, mas agora reduzindo para 1 batata. A sobremesa virá apenas às 20.30h com meia peça de fruta e 1/4 de pão, comendo outro tanto às 22h e finalizando o dia com uma ceia às 24h de 1 copo de leite ou um iogurte ou um chá e, desta vez, meio pão!
É difícil conciliar esta dieta com um dia de trabalho normal, mas não impossível: terá que disciplinar-se e eventualmente começar a um fim de semana para ficar capaz de prever o que precisará de levar consigo para o trabalho e como acondicionará, etc.
É importante seguir este tipo de regime para evitar espaços longos sem comer ao que se seguirão refeições mais pesadas porque a fome será maior, com o consequente pico de açúcar no seu sangue ( pico de glicémia) e no do bebé... O começo do dia cedo e a última ceia tarde não são inocentes...Mesmo que esteja em casa e não tenha obrigações que a façam levantar cedo e portanto comer cedo, deverá fazê-lo porque na diabetes um jejum muito prolongado ( como é o caso do jejum noturno)pode ser prejudicial ao bebé.
O objectivo desta dieta e a sua correcção poderão ser "medidos" pelas suas glicémias (para quem não tem diabetes e não domina estes termos: picada no dedo e medida do açúcar no sangue que resulta dessa picada). Estas deverão manter-se abaixo de 90 em jejum e de 120 após as refeições.
Feita uma dieta destas, quando o seu bebé nascer as mamadas de 2.30h em 2.30h vão parecer-lhe canja!

Mais perguntas

Dom, 05/07/2015 - 18:02
Ginecologia e obstetricia

Boa tarde

Gostaria de saber se posso descolorar os pelos dos braços estando a amamentar.
Obrigada.

Seg, 06/07/2015 - 02:18
Ginecologia e obstetricia
cspc83 offline

Boa noite Exmos. Srs. Drs.,

venho por este meio recorrer novamente a vós na esperança de palavras mais firmes e talvez, mais tranquilizadoras relativamente ao meu assunto. Já vos havia deixado esta mesma questão há umas semanas mas não obtive qualquer resposta, por isso tento novamente a minha sorte!
O meu nome é Cláudia, tenho 31 anos, sou profissional de saúde e desde os 12 anos que sofro de severos ataques de pânico. Os meus ataques de pânico podem surgir repentinamente, como por exemplo, fazerem-me acordar a meio da noite, como podem igualmente ser despoletados por uma situação de stress, que muitas vezes nem necessita de ser extremo. Durante os ataques de pânico, fico com sudorese profusa; bradicardia acentuada na ordem dos 3-4 ciclos por minuto; parestesias nas extremidades que posteriormente resultam em distonias extremas em que mais pareço uma contorcionista, inclusive nos músculos da face; perda de controle de ambos os esfincteres; náuseas; diarreia e prostração severa... posto isto, estou medicada com paroxetina desde os 17 anos...medicação da qual nunca me consegui livrar nem, inclusivamente, substituir por outra menos nociva.
Actualmente estou grávida de 11semanas e 3dias (gravidez não planeada, mas agora desejada) e faço meio comprimido de paroxetina 20mg, portanto 10mg, em dias alternados, e tomo-os sempre após uma boa refeição de forma a que este seja ainda menos absorvido pelo organismo. A verdade é que sei que pertence à classe D segundo a F.D.A., que é teratogénico, essencialmente a nível cardíaco, fora todos os problemas para além destes, que podem provocar no feto em diversos sistemas antes e após o nascimento,etc.
Ter este conhecimento é angustiante e apesar de ter opiniões de 4 clínicos diferentes, nenhum está de acordo com o outro e apenas a minha médica de família está descontraída com a situação, pois tanto a minha médica de psiquiatria, como a minha obstetra e a médica que conheci na consulta de DPN para a qual fui encaminhada, não concordam propriamente com o facto de eu tomar paroxetina, embora acabem por se "render" ao factor risco-benefício...o que a mim não me suscita confiança, não me conforta, não me tranquiliza, pelo contrário...
A questão é que, já tentei o desmame inúmeras vezes ao longo dos últimos oito anos, já tentei, igualmente, a substituição do fármaco e sempre sem sucesso, pois assim que a dose reduz demasiado, os sintomas e os ataques tornam-se mais frequentes, situação que infelizmente estou a experienciar novamente, pois a pressão de não poder tomar o fármaco, mas de também não poder ter um ataque de pânico deste calibre (situação que não controlo), o que pode pôr em risco a própria sobrevivência do feto, é algo que está a afectar-me a cada minuto do dia... Não consigo pensar noutra coisa e tudo o que queria era pelo menos saber de uma gravidez que tivesse sido bem sucedida com paroxetina e sem qualquer efeito nocivo para o bebé...
Antes de saber que estava grávida fazia meio comprimido (10mg) por dia e sabia que se necessitasse podia sempre aumentar a dose, mas quando soube que estava grávida, às 6 semanas, reduzi, sob supervisão da médica de psiquiatria, os mesmos 10mg mas em dias alternados. No entanto, nunca estive com uma dose tão reduzida e além disso, a pressão de saber que não tenho ali aquela muleta do fármaco para poder tomar pelo menos um comprimido inteiro de vez em quando, e que ao mesmo tempo e sem depender do meu controle, também não posso ter um ataque de pânico, está a deixar-me literalmente desesperada. Estou à espera de iniciar (novamente) psicoterapia através do centro de saúde, mas a lista de espera é vasta e já se passaram mais de um mês em que, dia-a-dia a minha situação se agrava mais e, temo, tanto por mim, como especialmente pelo Ser que vem a caminho e que, se realmente sente o que a mãe sente, já está tão precocemente em agonia e sofrimento. Tudo o que eu mais queria era livrar-me deste problema que fez de mim, a partir dos 12 anos uma criança diferente, e que faz agora, aos 31 anos uma grávida também diferente... Sinto que o bebé dentro de mim não está seguro e, pensar que ainda faltam 6 meses e meio até ele vir ao mundo e estar finalmente em segurança, longe do químico do qual a mãe é dependente...é simplesmente desesperante...!
Aguardo ansiosamente com esperança uma resposta/opinião vossa...
Um muito obrigada antecipadamente,
Cláudia C.

Sáb, 30/05/2015 - 21:03
Ginecologia e obstetricia
csf offline

Já antes da gravidez tinha muita sensibilidade mamilar, mesmo ao me lavar não suportava o meu próprio toque na zona mamilar. Agora com a gravidez a situaçao piorou. A minha angústia é que gostaria de amamentar, mas se não aguento o meu toque, um bebé a mamar será pior suponho... Como posso resolver o problema? Muito obrigado.

Ter, 02/06/2015 - 15:33
Ginecologia e obstetricia
FilipaLipa offline

Boa Tarde,
Estou grávida de 30s.Até agora as ecos sempre deram a mesma data prevista de nascimento.Contudo, na última que realizei às 29s e meia, as medidas estavam todas de acordo com o tempo excepto a do perímetro cefálico, que dava um atraso de uma semana. Claro que fiquei preocupada apesar do médico não ter dado muito valor.Tenho motivos de preocupação?

Qui, 04/06/2015 - 00:31
Ginecologia e obstetricia

Olá, estou grávida e tenho diabetes tipo 1. Moro na Inglaterra mas estou me mudando com meu marido para o Algarve ( ele é português e vai trabalhar lá) e gostaria de saber os cuidados que a gestante diabética recebe. Obrigada

Ginecologia e obstetricia
Ray2 offline

Estou grávida de 19 semanas e é de gémeos mas ainda não sinto... Até fico preocupada.... Quero muito saber, pois sei que ainda pode ser cedo eheh . Beijinhos obrigada

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